De volta de uma viagem de trabalho, o suíço Henry Dunant testemunhou os horrores deixados pela Batalha de Solferino, no norte da Itália, em 24 de junho de 1859. Comovido com a situação dos feridos, Henry escreveria a publicação “Recordação de Solferino” e faria um apelo humanitário à sociedade para que se organizasse em tempos de paz para prestar socorro em tempo de guerra.
O livro foi um enorme sucesso e Dunant viajou pela Europa inteira no sentido de ganhar o maior número de apoios para as suas propostas.
Em 1863, com a ajuda de quatro cidadãos de Genebra, fundou o Comité Internacional de Socorro aos Militares Feridos em Tempo de Guerra (desde 1875, designado por Comité Internacional da Cruz Vermelha). Nesta altura é, também, adoptada uma cruz vermelha em fundo branco (inverso da bandeira da Suíça, país de Henry Dunant) como emblema protector.
No ano seguinte, 12 Estados assinam 10 artigos que formam a I Convenção de Genebra. Até então, a guerra e o Direito pareciam irreconciliáveis, no entanto, a partir desta convenção nasce o Direito Internacional Humanitário, demonstrando que mesmo em tempo de guerra existem regras que têm de ser cumpridas pelos combatentes.
Em 1901, reconhecendo-se o seu valor, Henry Dunant é agraciado com o primeiro Prémio Nobel da Paz. À data da sua morte, 30 de Outubro de 1910, então com 82 anos de idade, o prémio estava intacto e destinado, por testamento, ao pagamento das suas dívidas e a obras filantrópicas.
Em sua homenagem, o dia do seu nascimento – 8 de Maio – é comemorado em todo o mundo como o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Desde 1863, a proteger a Humanidade
A Cruz Vermelha Portuguesa integra o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a maior rede humanitária do mundo, fundada por Henry Dunant em 1863 e que conta hoje com o apoio de milhões de voluntários.
A sua missão é aliviar o sofrimento humano, proteger a vida e a saúde e preservar a dignidade humana, sobretudo durante conflitos armados e outras emergências, como catástrofes naturais e acidentes.
Este Movimento incorpora o Comité Internacional da Cruz Vermelha, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, e as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Em respeito pelo Direito Internacional Humanitário e em obediência aos seus sete princípios fundamentais, estes organismos procuram responder aos diversos desafios humanitários, dependendo do mandato e competências que possuem.
Por nomeação do Rei D. Luís I, o médico-militar José António Marques representou Portugal na Conferência Internacional realizada em Agosto de 1864, em Genebra.
Nesta reunião, deliberava-se sobre a neutralidade "das ambulâncias e dos hospitais, assim como do pessoal sanitário, das pessoas que socorressem os feridos e dos próprios feridos no tempo de guerra.”
Portugal foi, assim, um dos 12 países que assinou a I Convenção de Genebra de 22 de Agosto de 1864, destinada a melhorar a sorte dos militares feridos dos exércitos em campanha.
Regressado a Portugal, José António Marques organizou, a 11 de Fevereiro de 1865, a "Comissão Portuguesa de Socorros a Feridos e Doentes Militares em Tempo de Guerra", primitiva designação da Cruz Vermelha Portuguesa.
No ano seguinte, o Professor Doutor José Maria Baldy (General) daria início à primeira presidência da nossa instituição.
Isto aconteceu há mais de 150 anos.
Para mais informações sobre a história da Cruz Vermelha Portuguesa e assuntos relacionados, bem como para marcação de visitas aos nossos arquivos, contacte directamente o nosso Serviço Histórico-Cultural pelo email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Os voluntários realizam cerca de 90% do serviço humanitário da Cruz Vermelha Portuguesa.
Quer colaborando numa recolha de alimentos, dando conforto a um doente no hospital, explicando aos mais jovens os perigos do abuso do álcool ou ensinando primeiros socorros para situações de emergência, é através do tempo, capacidade e empenho destas pessoas comuns que podemos fazer coisas extraordinárias.
Actualmente, são mais de 5 mil as pessoas que colaboram voluntariamente nos serviços da instituição nos órgãos nacionais, regionais e locais, e nas áreas de emergência, apoio geral e Juventude.
Junte-se hoje à nossa equipa de voluntários para descobrir maneiras significativas de ter um impacto na sua comunidade local.
Para saber como candidatar-se, clique aqui.
As estruturas locais da Cruz Vermelha Portuguesa - que podem ser delegações ou centros humanitários - têm a sua própria direcção, a quem compete a gestão da actividade da instituição a nível local.
Actualmente, existem 170 estruturas locais implantadas no país.
Estas prestam um largo número de serviços, desde o apoio domiciliário aos jardins de infância, passando pelas consultas médicas e formação profissional, entre muitos, sendo a diversidade das suas actividades reflexo das vulnerabilidades e carências que existem localmente.
Para encontrar a localização das nossas estruturas em Portugal, consulte o mapa abaixo.
A nível nacional, a Cruz Vermelha Portuguesa assenta a sua organização territorial em serviços centrais, serviços autónomos e estruturas locais.
Os nossos serviços centrais funcionam na dependência do presidente e da direcção nacional, e asseguram a preparação, apoio e execução das decisões destes órgãos, bem como a ligação e o apoio funcional às estruturas locais.
Os serviços autónomos são instituídos pela Cruz Vermelha Portuguesa e submetidos aos seus estatutos e ao seu controlo, exercendo a sua actividade de acordo com as orientações do presidente e da direcção nacional.
As nossas estruturas locais - que podem ser delegações ou centros humanitários - têm a sua própria direcção, a quem compete a gestão da actividade da instituição a nível local.
Para a prossecução dos nossos objectivos, promovemos e encorajamos as pessoas a colaborarem voluntariamente nos serviços da instituição. Para se juntar ao nosso Voluntariado, saiba mais aqui.
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A Direção Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa foi designada durante a reunião do Conselho Supremo da instituição, realizada em 6 de julho de 2023.
PRESIDENTE NACIONAL
Dr. António Manuel Frade Saraiva
VICE-PRESIDENTES
Engº. Fernando Ferreira Santo
Engº. José Miguel Leonardo
Tenente-General Marco António Serronha
Drª. Maria Madalena de Jesus Marques Ramalho
VOGAIS:
Dr. António Manuel Palma Ramalho
Dra. Cristina Siza Vieira
Dr. Luís Miguel Pais Antunes
Dra. Maria do Carmo Neves
MEMBROS COOPTADOS PARA INTEGRAREM O CONSELHO SUPREMO
Almirante António da Silva Ribeiro
Dr. Manuel Ramalho
Dr. Pedro Reis
Dr. Pedro Mota Soares
Dra. Fátima Campos Ferreira
Por um mundo mais humano
A Cruz Vermelha Portuguesa esforça-se para prevenir e aliviar o sofrimento humano, em Portugal e no mundo.
Constitui missão da CVP prestar assistência humanitária e social, em especial aos mais vulneraveis, prevenindo e reparando o sofrimento e contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana. [Artigo 5º, Decreto-lei nº 281/2007, 7 de Agosto ]
Para o desenvolvimento da nossa actividade, mobilizamos o “Poder da Humanidade”, bem como a generosidade dos doadores e parceiros por todo o país.
Na qualidade de Sociedade Nacional do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, agimos no respeito pelos princípios fundamentais da Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade.
Saiba mais explorando a nossa infografia repleta de dados e números que explicam como os nossos voluntários, doadores e colaboradores ajudam as pessoas em Portugal e noutras partes do mundo.
Última atualização: Maio 2021