Ana Maria Dinis integra a equipa da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa
Gratidão é a palavra que mais repete, ao partilhar o seu testemunho como voluntária. Ana Maria Dinis, mais conhecida como Dona Ana, vai a caminho dos 65 anos e é uma das voluntárias da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa. “Já perdi o norte ao número de anos que estou aqui”, começa por confessar, “acho que são cinco anos”.
Ana Maria Dinis é o rosto da loja ALLMA SOCIAL, situada na Avenida Fernão de Magalhães (Coimbra), que vende artigos de vestuário, calçado, bijuteria e outros bens a baixo custo. Preferiu trocar a reforma em casa por um serviço de ajuda aos outros. “Para mim, a Cruz Vermelha significa um amor à camisola. Gosto muito de ajudar e de fazer tudo porque as pessoas da Cruz Vermelha também têm feito muito por mim”, conta, referindo-se sobretudo ao momento em que foi mordida por um cão, recebendo ainda hoje da Cruz Vermelha todos os cuidados necessários. “Peça o que pedir, recebo sempre um sim da Cruz Vermelha, e sempre com um sorriso no rosto, portanto isso é gratificante”.
Natural de Coimbra, a primeira experiência de voluntariado foi no IPO mas, assim que se reformou, decidiu fazer parte da Família Cruz Vermelha. Após uma semana de se ter voluntariado, foi integrada na área Social da Delegação, mas já passou pelas várias valências. “Fiz de tudo um pouco: integrei a área de Emergência, também estive no apoio à vítima [de violência doméstica] e, quando posso, apoio o Giro [Noturno à população em situação de sem abrigo]”. Ainda arranja tempo para as lides domésticas e para estar com a família.
Encoraja todas as pessoas a fazerem voluntariado durante a Reforma, porque, diz ela: “é gratificante no final do dia saber que o que fiz foi útil; fazer voluntariado, seja onde for, é importante para se continuar ativo”. E remata: “até que Deus queira, ficarei a fazer voluntariado aqui”.