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sexta-feira, 21 fevereiro 2020 09:54:35

Víctor Figueiredo integra a equipa da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa

“Devemos fazer da ‘cruz’ a nossa maior arma”

“Falta-me fazer muita coisa pela Cruz Vermelha”, diz, pensativo, Víctor Figueiredo, o voluntário mais antigo da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha. Com 33 anos ao serviço dos outros, acredita que “devemos fazer da ‘cruz’ a nossa maior arma, em tudo, porque se o fizermos chegamos lá”. 

Nasceu em Viseu em 1965, mudando-se para Angola no ano seguinte. Regressou com o eclodir do 25 de Abril de 1974. A caminho dos 55 anos de idade, Víctor está há 33 anos ao serviço da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha. É o voluntário mais antigo da Delegação, tendo iniciado funções numa altura em que a única área de atuação era o apoio Social – com distribuição de roupas e alimentos – e o apoio aos peregrinos de Fátima.

Víctor Figueiredo acompanhou toda a evolução: começou por trabalhar na área Social e, apenas cerca de 40 anos depois de ter sido fundada a Delegação é que, nos anos 90, é feito o primeiro transporte de doentes.

“A primeira ambulância chegou à Delegação entre 1990 e 1995, não sei precisar. Fui a Lisboa com o presidente Armando Marques Oliveira e trouxemos uma, literalmente, que nos permitiu começar a fazer transportes inter-hospitalares, primeiro só para o Centro Hospitalar de Coimbra. Mas o primeiro serviço foi para Paris, levar um doente”. Ao evoluir, a Delegação começou a adquirir ambulâncias e a fazer mais transportes de doentes.

Quase dez anos depois de a Delegação de Coimbra ter a primeira ambulância, em outubro de 1999, começou a ser Posto Reserva de Emergência Médica do INEM, totalizando três ambulâncias que a Delegação tinha na altura. “Tínhamos e continuamos a ter qualidade de serviço, temos umas falhas, mas sempre tivemos qualidade de serviço”, garante o voluntário da Cruz Vermelha. Recorda com entusiasmo que, “quando houve grandes eventos em Coimbra, a Cruz Vermelha de Coimbra esteve presente, por exemplo, na inauguração do Estádio Cidade de Coimbra, em 2003, vieram cá os The Rolling Stones e fomos nós que fizemos o apoio”.

“A nível pessoal perdi muito tempo aqui, em prejuízo de terceiros, porque quando não ia a casa estava na Cruz Vermelha; vivia 25 horas aqui, era a hora extra. A Cruz Vermelha para mim significa muito.” Agora, faz turnos de emergência e trabalho de secretaria, tendo mais tempo para desfrutar com a família e ir a concertos de música. Mesmo assim, o vício é maior: “interrompi as férias para vir fazer emergência porque isto é um vírus, sinto falta de fazer emergência”.

Desde que começou a fazer emergência e socorro que lida bem com os casos e garante: “nunca tive pressão na emergência, porque eu quando sentir que tenho pressão na emergência, deixo de fazer.”

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Víctor Figueiredo recebeu medalha de ouro pelos mais de 20 anos de voluntariado na Delegação, entregue nas comemorações dos 66 anos da Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha.

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