Em 19 de agosto de 2003, um ataque a bomba ao Canal Hotel em Bagdá matou 22 trabalhadores de ajuda humanitária, incluindo o Representante Especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iraque, Sergio Vieira de Mello. Cinco anos depois, a Assembleia Geral determinou que este dia seria para homenagear os trabalhadores humanitários de todo o mundo que arriscam as próprias vidas para ajudar a salvar e melhorar a vida de outras pessoas.

A cada ano, o Dia Mundial Humanitário concentra-se num tema, reunindo parceiros de todo o sistema humanitário para defender a sobrevivência, o bem-estar e a dignidade das pessoas afetadas pelas crises e para a segurança e proteção dos trabalhadores humanitários.

Este ano pede-se que os quatro cantos do mundo se unam pela Humanidade. O trabalho humanitário ficou agravado pela pandemia Covid-19, vários são os voluntários e profissionais que colocam as suas vidas em risco em prol das comunidades locais. Os conflitos armados continuam a não dar descanso, milhões de civis são afectados e a assistência nestes cenários tornou-se ainda mais complicada. As recentes imagens de Beirute, lançaram os membros da Cruz Vermelha para uma assistência de emergência. E as catástrofes naturais refletem um mundo frágil colocando muitas comunidades vulneráveis.

Este ano, queremos homenagear todos os nossos #reallifeheroes que se lançam ao mundo para um bem maior, a Humanidade. Os contos e lendas existem desde o início dos tempos. São histórias de fantasia cheias de coragem, de grandes desafios, nas quais os super-heróis cruzam vários perigos e que nos fazem sempre acreditar em finais felizes. Na vida real também existem heróis. Pessoas que levam comida a pessoas vulneráveis, que prestam primeiros socorros em locais instáveis, que dão protecção e abrigo a refugiados, que juntam famílias que estão separadas há vários anos. E continuam a dar o seu melhor, mesmo perante a Pandemia por Covid-19. Nada os detém nas suas missões, estão onde são precisos e continuam a viver riscos por toda a Humanidade. Estes heróis do nosso mundo são dignos de admiração e de celebração. Eles passam muitos sacrifícios e dificuldades, negando muitos confortos e muitos momentos importantes entre amigos e familiares. O sentimento de utilidade para um bem maior, o crescimento interior, a concretização de impossíveis alimenta e impele o retorno ao terreno das missões. O equilíbrio entre as raízes e a actividade de humanitário é um caminho longo e doloroso.

Um texto de

  Patrícia Campos 

   Voluntária CVP